Quando você vai...

Tu falaste de minha doloroza tragédia

que consumia e alcansava, acabada

foste esta terrível herança.

Onde pode eu chorar

nos tristes panos que

de ceda encoberta ficarei

enciumada de tédio me tornei.

Com incertezas, dramas, e futuros

Nunca aceitos, nunca vividos,

sempre rejeitados, negados...

Tu clamavas minha doce voz

resgatada por penumbras

que anseiam a triste despedida

sem fim, em nenhum espaço

sem tempo, nunca houve momento.

Poderia eu fazer-te feliz?

Morrer sem se despedir?

A vida que sempre nos levou

hoje rosna pedindo perdão

deprimida, inunda sem lágrimas no chão.

Quanto ao vento que me nega

um abraço, sempre entrelaço

a solidão, pessante dolorosa

sensação que amarga, destroi

e desfarça, minha notória

VIDA DE NADA!

Paula Filth
Enviado por Paula Filth em 23/06/2007
Código do texto: T538157