No amor,pássaro cativo.

Eu, nascido livre,

na liberdade do amor, me escravizo.

Amando, sou um pássaro cativo

a cantar suave

a simplicidade de um afeto libertino.

Amando, sou um pássaro ferido,

vítima passiva de humanos cuidados;

um bicho sedento e faminto,

um mendigo, um ser debilitado.

Amando, sou um nada,

que na nadidade do ser,

se faz plenificado.

Um pardal que, na gaiola,

encontrou a imensidade do universo.