UM PRA LÁ, UM PRA CÁ
Tenso fico ao teu lado
Intenso fica o meu coração
Sinto escorrer o suor gelado
Da palma aos dedos da minha mão
Dentro de mim, borboletas dançam
Como se fosse um dia de pleno verão
Com a sua chegada, os pássaros cantam
Embalam nosso amor na mais bela canção
Devagar também entramos nesta dança
E cada passo vai de acordo com o refrão
De pouco em pouco, vou ganhando confiança
E sou inundado por uma ótima sensação
Lentamente o tempo vai passando
E só se ouve o acelerar da nossa respiração
E, assim, a dança vai acabando
Levando dois corpos, em êxtase, ao chão
Por mim ficaríamos ali por toda a vida
De conchinha na contramão
Da Rua Maria Aparecida
Mas sei que meu querer é em vão
De repente, eu acordo
E vejo que tudo não passou de ilusão
E, mais uma vez, avisto ela a bordo
A velha e conhecida, solidão.