SEU ACALENTO...


Os poemas que recebe vez por outra do ser amante.
Que pensa esquecer, mas envia ficando guardados nos
Seus arquivos para ninguém violar o lacre que colocou.
São segredos que nos papéis ficarão sempre, como
Registro do amor amante vivido a sós junto ao sonhador.

Seu acalento é resignado no viver fechado sem outrem.
A cada poema que chega vêm lembranças persistentes,
Sem piedade, com a perda dessa fantasia contaminada
De odores agradáveis, pois para bom entendedor basta.
Muitas vezes ao som do teclado você dedilhada uma
Canção como essa: e agora o que é que faço pra esquecer?

Seu acalanto continua sendo os ofertados poemas
Com dedicatórias simples, mas sinceras e apaixonantes.
Ah, se você me ouvisse jamais haveria fim danoso.
Hoje, a juventude já não existe, pois o coração anda
Triste com saudades do amor jamais prisioneiro, livre.
Continuando tudo do mesmo jeito sem postagem maluca.

Sabe-se que estás em casulo nas rédeas e sufocado,
Vigilância sem carinho, vontade de sexo e abatido.
É quando o mandante dos poemas fica em dúvida, pois
Nunca entenderá escravidão tamanha nunca mais
Será aflorada a química entre o passado e presente daqui.


 

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 26/09/2015
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