MINHA CABOCLA


Quantos palpites ouvidos quando escolhi
Uma cabocla para esquecer uma loirinha
Bela e delicada, pois logo teve passagem.
A dor quase implode meu peito, pois não
Havia alguém generoso para me acalentar.

Minha cabocla mais jovem aguentaria sem
Reclamar de bom grado os resíduos ficados.
É bem verdade que, não aconteceu fidelidade
Por muito tempo, mas a caboclinha conseguia
Perdoar, pois na paixão suporta tudo calada.

Quase entrei numa cilada da dona experiência,
Charmosa também de tez clara como a do
Passado fez o que jamais pensei ser capaz.
Mas a minha cabocla vendo a situação ficou
Apavorada querendo acabar tudo deixando
O seu velho sem a sua mão mais necessária.

É, cabocla amiga, vamos levando desse jeito,
Já dobrou a cabo da boa esperança e, nos dias
Atuais são difíceis encontrar alguém para ficar.
Bem sei que a culpa caiu nas minhas costas,
Assumo, pois magoei você e generalizado.

Não soube te respeitar, por mais desculpas
Que te peça, jamais haverá confiança como
Antes, mesmo com tanta vigilância dia e noite
Tudo ficou gelado entre nós não sei como fazer
Para novamente te reconquistar minha cabocla.


 

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 03/10/2015
Código do texto: T5403447
Classificação de conteúdo: seguro