Passagem

Quantos peregrinos ainda passam
por estes mares vermelhos
em cuja as pedras encosto-me
para refletir e descansar
 
As noites enfadonhas
resultantes de dias inúteis
de não mais querer esperar
 
O coração moído não necessita
de cortes e nem a esperança
ou a tristeza do meu Ser
sente vontade de continuar.
 
Nestas experiências escuras
atravessei o imenso rio a pé,
as ondas surgindo de todos os lados,
cada uma com desejo de me devorar
 
Em silencio suportei
a passagem do mar
e resignada me pus a existir
nas noites de aflição onde a
Luz permite-se apagar.
 
Silviah Carvalho
Enviado por Silviah Carvalho em 06/10/2015
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