SOLIDÃO na ALCOVA
SOLIDÃO NA ALCOVA
Quarto de dormir torna-se uma prisão ,
Se não há amor pra se enrolar e amar,
Horas não passam na soturna solidão,
Para quem gosta de ser amado e amar.
Revolvendo-se no leito na escuridão,
Compreendi por que as alcovas,
Solitárias e sob a sombra da noite
São pavorosas como as covas.
Nasci para a vida e não pra ermitão,
Arejo a mente, descubro os espelhos,
Vivo a vida e à tristeza grito não,
Enfeito o coração de cravos vermelhos.
Quem tem brio e amor para dar,
Jamais deixa os ombros baixar,
Usa a arma do amor para viver,
Não deixa seu pendão arriar.
Deus me concedeu sadia e boa vida,
Devo fazer por onde a merecer,
Não amando na vida, não honro
A vida que Deus me deu pra viver.
Extravaso a solidão da mente,
Lavo toda tristeza nela contida,
Mágoas da vida é lixo, dejetos,
Amor é felicidade, alegria, é vida.