Resposta ao desalinho

Desperto

Em vão fujo dos versos

enquanto anoiteço

(roucos soluços)

no meu âmago o vazio.

Correnteza incerta que flui

por entre brechas novas

A boca seca reverbera:

Dê-me águas de outras fontes.

Os versos apenas vão

lavados pelas águas salgadas

de um rio-mar de lágrimas enternecidas.

Durmo agora.

Talvez sonhe

Mauro Gouvêa