Exímio e derradeiro

Sou como sou

assim como as folhas

esvoaçando aos ventos

e depois atapetando os mesmos

caminhos com esperanças

pousando ante tuas esculturas

vivificadas entre enamorados

sentimentos repletos de lembranças

Sou como sou

acreditando contigo

inebriar-me fatídico

até chegar aos confins

do caminho

guardando-te em carícias

sorvendo-te em cada

palavra onde me escancaro

feliz,ingerente

junto às primícias do teu

predilecto lugar onde

te compartilho de forma irreverente

tão incondicionalmente

Sou assim

o que fui e serei…talhando

nos teus silêncios

nossas imensas tranquilidades

em ruidosos aplausos

satisfeitos

revestindo nossos

vaivéns de amor

em sossegados brados

hospitaleiros

perfumando toda a calígrafia

desta poesia que se esvai nos ventos

desfilando indigente em rimas

que se tateiam por tuas delícias

quando me apalavras mais que um beijo

exímio e derradeiro

tão a teu jeito

Deixemos a vida

convencer-se até

se repartir por todos os

séculos cruzando eternidades

em todos os roteiros de amor

erguendo-nos num doce

e desordeiro deslumbramento

até nos perdermos por fim

no labirinto onde gritamos

em uníssono cada gentil despertar

acontecendo e ornamentando

todo o imenso e tangível ressuscitar

FC

Frederico de Castro
Enviado por Frederico de Castro em 26/10/2015
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