O Mando de Vênus

Atado a desgraça e a ventura do afeto

Vênus,minha senhora ,me dá domínios

Do seu formosíssimo reino infinito

Que disponho conforme seu desígnios.

Nada é meu sem que a Ela apraza

Tudo tenho a seu menor comando

Assim nos corações germino e mando

Sob o signo potente da magnética beleza.

Servo seu, ardente e humílimo,

Aprendiz escravo e domador

Nada me unge exceto o amor

Nada importa exceto sua lua.

A doce lua de uma mulher que ama

Em cujos traços sedutora magia

Alenta a revelação da poesia

Aquece a viração da luz humana.

Vário povo de amantes deslumbradas

De patéticas volúveis indefesas

Onde brincam de afeição as naturezas

Com mil e uma variações inusitadas.

E de súbito serias já serenam

Por Teu supremo encanto poderoso

E aos lares e aos filhos eis acenam

No alto albergue do par amoroso.

Mas que tredo rebuliço açula

E a esposa se oferece côa criança

E o marido perambula de aliança

Por teu mando,oh Vênus soberana.