O Amor

O Amor saiu a caminhar

pelo mundo a cantar

sua canção fraternal.

À todo aquele que via

sua mão estendia

benignamente paternal.

Cada um para ele era seu irmão

guardado em seu coração.

A Soberba dele fugia

e a Simplicidade era sua amiga.

Com ela até hoje de gleba em gleba emigra,

e há muito com ela vivia.

O Sofrimento sempre o segue,

com a Caridade que o persegue.

Vem ela em auxílio ao coitado.

E o Amor abranda o coração endurecido

do algoz, tornando-o enternecido,

deixando o inclemente derribado.

O Ciúme jamais o alcança

e de tentar molestá-lo não se cansa.

Mas o Amor é mais nobre,

por isso a Soberba o teme

e de ódio em demasia treme,

ao vê-lo acalentar o pobre.

Com ele também vai a Esperança,

valiosa amiga nesta sua andança.

Toca cada um em seu coração,

tendo a Fé ao seu lado,

a quem nada é comparado,

e ambas vivem da Oração.

E o Amor chega ao fim de sua jornada,

deixando seus companheiros naquela estrada.

Leva consigo apenas os seus amados

à casa celestial onde ele reinará.

Despede-se dos companheiros, pois ali apenas ele entrará,

onde o esperam o Pai, o Filho e os seres alados.

Binho Laranjeira
Enviado por Binho Laranjeira em 23/11/2015
Reeditado em 04/02/2016
Código do texto: T5458192
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