Ode ao Gozo.

Ode ao Gozo

Relaxar para que se cansar

Respiração ofegante, peito latente

Formigamento nas pernas com tremor pelo corpo

Corrimento pegajoso num odor forte

Mente aberta, sem redes de proteção, sem escudos de força

Apenas a alma à mostra

Gritos abafados pelos gemidos ocultos

Suor gotejante

Pernas entrelaçadas e abraços apertados

Corpos ocupando o mesmo lugar no espaço

Contradizendo Newton.

Relaxar para viver

Sem dor, sem sofrimento

Sincronismo de um vai e vem, de um entra e sai

Beijos selvagens, às vezes brutos outros suaves

Outros apenas carinhosos

Troca de calor, troca de amor

Palavras doces sussurradas nos ouvidos

Às vezes mentiras ocultas por uma verdade falsa

Ou verdades reais de um ilusórias.

São apenas gozos, de orgasmos sensitivos

Ocultados, incautos ou apenas falsos.

Gozos para relaxar

E depois dormir para descançar

Lembranças de histórias inacabadas

De êxtases inesquecíveis

De gozos múltiplos e sangue sobre o lençol

Manchando de vermelho o branco inebriante

Em noites não dormidas

De madrugadas encharcadas

Arrepios pelo corpo, em toques imaginários

De um amor responsável pela ação ocorrida

Pelo gozo inconstante de um amor mágico, ilusório.

Ricardo Muzafir

Ricardo Muzafir
Enviado por Ricardo Muzafir em 01/07/2007
Código do texto: T548265