Minha Vida
Com quem um dia nos deparamos?
A alma curva e reumática da saudade
Com uma chuva de lágrimas
Com as dúvidas do coração aflito
Na noite do fim
No fim da noite de solidão
A perda dos sentidos num abraço
O sufoco no meu peito
A conversa dura do ódio
As palavras doces do acalanto
O mente dolorosa que mentia
O corpo nervoso que se entrega
No dia do começo
Numa manhã sonolenta e fria
A saudade apaziguada mas intensa
E minha convicção é tudo, nós
O que tecia na dor
O que eu chorava de rancor
O que me corroia
Tudo tem começo, coisas ruins tem um final
Escrevo de paz, alegria
Misericórdia em um coração antes rígido
Escrevo por um beijo sufocado e depois explosivo
Escrevo para e por você, minha vida.