NADA SIMPLES...
Quero as coisas simples de um verão...
Mas se acaso chovesse entristecido...
Esse dia, embora escurecido...
Não molharia meu coração.
Posto seja saudade uma dádiva...
Um calor das cinzas, ex-fogueira...
No tato de um amor na cegueira...
Breu no corpo, mas em alma impávida.
Quero as coisas simples da vida...
Mesmo que ocorram de forma dividida...
Ei de separa-las com todo carinho.
As do amor, outrora despedida...
As da alma que afloram desmedidas...
E as coisas simples em todo meu caminho.