Tudo Passa
Nenhuma novidade
Nas paixões desse verão
Me mantive preso na liberdade
De conseguir dizer não
Sossego passageiro
Como o calor na margem do rio
As chaves embaralhadas no chaveiro
Muitas facas sem o fio.
Agora é questão de maturidade
Controlo os devaneios
Ando a procura por toda cidade
De confusões e outros meios
Entre os pedidos
Gratidão e vários segredos
Posso parecer fingido
Mas ainda é muito cedo
Retribuo acolhimento
Mastigo angústias passadas
Isso serve de alimento
Para uma alma não derrotada.
A tênue linha do horizonte
É como o carvão em brasa
É uma chama constante
Para entender que tudo passa.