Amor proibido.
Minha mão treme por sobre a sua.
Medo e paixão em meu peito entrelaçados,
Neste desassossego de um amor proibido
No qual vislumbro a nós,eu e você,mergulhados.
Ser negado a puerilidade de andarmos juntos pela rua
É algo que em branco não consigo deixar passar,
Por ser um sonho,um devaneio tão doce e sentido,
Obstáculo quase impossível de se não pensar.
Ainda que limitado,um amor atordoante
Permeado por beijos e olhos de medo;cada dia a descoberta
De um desejo que cresce a cada reencontro,
E que do temor e da fatalidade nos distancia e liberta.
E mais a certeza de que,daí por diante,
Esse desejo há de crescer desesperadamente,
Mantendo-se sempre no epicentro
De uma emoção nunca escondida na minha mente.
Sentimento que é sempre visível em seu olhar,
Ainda que na semi-escuridão de um encontro escondido;
Razão de um carinho mais ousado
A desafiar meu recato e o meu vestido;
E que,no meu ser,vive inquieto,sem se amansar,
E ainda mais indócil quando eu não lhe vejo,
Só parcialmente cedendo quando estou ao seu lado,
Procurando consigo um novo dia e novo ensejo.
Amor,nosso amor impossível e descarado,
Que continuará,aprovado ou não,
Em eterna insensatez e volúpia,fora do normal;
Afetando os batimentos do meu coração
Através do seu carinho mais enamorado,
Que reduz a zero meu tédio e timidez.
Queria eu que nossa relação fosse rebelde até o seu final,
Para que eu me sinta alvoroçada ainda mais a cada vez!