Amor proibido.

Minha mão treme por sobre a sua.

Medo e paixão em meu peito entrelaçados,

Neste desassossego de um amor proibido

No qual vislumbro a nós,eu e você,mergulhados.

Ser negado a puerilidade de andarmos juntos pela rua

É algo que em branco não consigo deixar passar,

Por ser um sonho,um devaneio tão doce e sentido,

Obstáculo quase impossível de se não pensar.

Ainda que limitado,um amor atordoante

Permeado por beijos e olhos de medo;cada dia a descoberta

De um desejo que cresce a cada reencontro,

E que do temor e da fatalidade nos distancia e liberta.

E mais a certeza de que,daí por diante,

Esse desejo há de crescer desesperadamente,

Mantendo-se sempre no epicentro

De uma emoção nunca escondida na minha mente.

Sentimento que é sempre visível em seu olhar,

Ainda que na semi-escuridão de um encontro escondido;

Razão de um carinho mais ousado

A desafiar meu recato e o meu vestido;

E que,no meu ser,vive inquieto,sem se amansar,

E ainda mais indócil quando eu não lhe vejo,

Só parcialmente cedendo quando estou ao seu lado,

Procurando consigo um novo dia e novo ensejo.

Amor,nosso amor impossível e descarado,

Que continuará,aprovado ou não,

Em eterna insensatez e volúpia,fora do normal;

Afetando os batimentos do meu coração

Através do seu carinho mais enamorado,

Que reduz a zero meu tédio e timidez.

Queria eu que nossa relação fosse rebelde até o seu final,

Para que eu me sinta alvoroçada ainda mais a cada vez!

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 07/07/2007
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