A sorte

Naquilo que todos supunham ser errado

Lancei - me a sorte

E caminhei com os pés descalços

Senti o chão

Sujei-me de lama

Lavei minha alma!

A semente improdutiva germina

De forma inesperada

Brota esperança, vence obstáculos…

Naquilo que todos supunham que me mataria

Desnudei meu coração

Aos cuidados da virilidade

Desnorteei a razão

Despertei a paixão

Apercebi o amor.

Investi no questionável

No duvidoso

Encontrei sonhos

Naquilo que todos supõem que não sairei ilesa

Em abraços descanso a incerteza

E na fraqueza alimento o presente

Que o efêmero perdure na brevidade da vida

Seja intenso

Como eterno

Liana Lyma
Enviado por Liana Lyma em 27/03/2016
Código do texto: T5586380
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