Poesias de Hoje
A Surpresa
A surpresa não é amar
É poder não controlar o avalanche
De prematuras paixões
Que se advêm juntamente com a ilusão
Que é tão temida
E desprezível em relação
Ao meu sentimento e
À enriquecedora emoção
Que sem compaixão
Como chance de perdoar a ilusão
Que permeia a escuridão
E se aproveitando da solidão
Que junto ao eco do silêncio
Tortura o seu próprio momento solene.
A Solene [...].
A solene de tanto amar
É a mesma com a qual tanto lhe desprezo
Com a tamanha infinidade dessa dor
Que tanto sinto
Como você quem me lê agora tanto sentiu
Uma vez na vida que já amou
Sem ser amado por quem tanto ama
Tão solene dor que é sentir perdoar
Quem ama por tanto
Não o amar quem o ama como eu
Que tanto o dedico à vida por tanto desejar
A solene de sua alma que é tão perfeita.
Confesso
Confesso o amor que sinto
Que não é algo tão fácil de sentir por
Nos tornar refém de um desejo,
Que toca a minha alma
Fazendo cicatrizar em meu coração
Os machucados,
Fazendo parar de tanto doer
À ponto de tanto suprimir minha alma
Dentre suas garras,
Dá qual não consigo libertar-me
E gritar à liberdade de expressão
Pelo sentimento da dor que é amar tanto
Quem não pude dizer e
Muito menos conhecer para conviver.
À Convivência
À convivência neste martírio
De escuridão que sem o
Direito ao perdão continuo
A vagar neste vagão
De repleta escuridão
Onde tento encontrar o mínimo
Do resquício de sua paixão
Dentro enorme furdunço da solidão
Que sem compaixão
Faz do silêncio minha melhor amiga,
Que torturando minha alma,
Faz da depressão uma tortura.
A Carroça
A carroça a qual uso para te levar flores
É a mesma a qual divido esse amor a que te sinto
Por não ser algo que tudo substitua,
Embora à minha vida
Dedico à essa carroça a qual salvou
A minha vida,
Por quem dedico o amor
Que estava em meu coração adormecido
Há sete palmos da superfície ilusória
À qual deixei tanto atolar meu coração
Até sem ar ficar e a carroça
[...]
Foi quem me salvou e
Por isso dedico à minha vida a minha carroça.
Desengano
Desengano quem se deixou
Enganar-se por tanto amar quem não amou,
Quem nunca sentirá ao que à você
Quem amo sentiu,
Por tanto sentir por alguém
Que tão quão corresponde ao seu sentimento,
Embora não à sua emoção por outro alguém
Que não o fosse
[...]
Desengano é o caminho
Da perdição que se deslumbre ao
Tamanho dessa paixão que se parece ainda consumar-se
Enquanto já era há muito tempo consumada pelo desejo.
Um Tempo
Um tempo para a digestão
De um grosso caroço de solidão
Que engoli junto à ilusão que para minha
Seria a paixão que faria da luz do sol
Ser tão eterno quanto ao sorriso de minha alma
Que não condiz com a infelicidade
De quem havia torcido por uma discreta infelicidade
Por tanto ser descrente
Na justiça empregada ao tempo
Por quem amo
Sem deixar de amar quem me dedica
À exclusividade deste sentimento tão doce
Com a emoção tão pura e
Sincera.
Perdido
Perdido na escuridão
Sentindo a presença da maldição
Que envenena meu coração
Diante da perdição com o barulho
Tão impertinente do silêncio permeado
A paixão que extravasando diante
Da sombra da ilusão a qual estamos presos
Deixando o lastro da paixão - O coração.
Todo rachado e quebradiço,
Quanto a diamante raro,
Embora mais enriquecedor seja
Do que todo dinheiro do mundo e
Do universo.
Do Universo
Do universo quero usufruir
Para viver o seu mundo,
Para poder viver nessa imensidão
Toda essa paixão
Que queima na imensidão
De um horizonte quanto subjetivo
Quanto a certeza do amanhã que acordarei
Ao seu lado.
Ao lado de quem sempre amei
A quem,
Ao menos perdoei por tanto dedicar
Ao fogo do amor
E de todo o incendeio que à de incendiar
Todo o universo de quem amo.