Plena

Não saberá onde escondo minhas aguas
Olhas para mim como se eu fosse uma rocha
E não imaginas que posso ser uma fonte
Que em mim há mais desejos agora que antes
 
Vejo tão longe o passado no que tudo é
Efêmero dentro da minha mente
Pareço tocar no futuro e até esquecer-me
Das amarguras do presente.
 
O vento soprou bonança e aroma de paz
Não levo mágoa nem ressentimentos
Nem mesmo vontade de voltar atrás
Em minha bagagem levo apenas amor
 
Doado na força da entrega plena
No tocar da boca ao beijo absoluto
No todo que se resume o corpo
No corpo que se entregue resoluto
 
Mãos tateantes ansiosas na procura
Silenciosamente cautelosas no achar
Aportarei meu barco no porto certo
E segura ser o ápice do meu jeito amar