O poema que eu não te fiz...

Meu amor!

Recoste-se no meu peito e ouça

o meu acanhado amor sussurrar,

o que, eu mesmo, assim sóbrio,

jamais diria a alguém...

Tu terás de saber arrancar

de dentro de mim,

o belo poema que eu não te fiz,

mas, que há muito tempo,

jaz entorpecido neste corpo...

Meu amor!

Recoste-se no meu peito e ouça

o meu tímido amor revelar

tantas coisas que eu,

em meu juízo normal,

segredaria para a eternidade...

Ele dirá baixinho que você

é importante demais,

e que há muito passou a

ser/fazer parte de mim...

Meu amor!

Recoste-se no meu peito

e não diga nem tente ouvir nada.

Apenas recoste aqui,

o momento dirá por nós...