Eterna
Jamais espero a noite sem seu lábio,
Quiçá meu vago olhar sem seu reflexo.
Pois trago neste peito um bem anexo:
Seu nome que escrevi num alfarrábio.
Não quero a Lua azul em céu tão claro,
Não antes de beija-la em meu carinho.
Você, que não me deixa andar sozinho,
É a dona dos meus versos que declaro.
E assim, serena flor do meu soneto,
Sonora voz, palavra e bela rima,
Sua alma tão formosa, é obra prima
Além da poesia do folheto.
É minha rosa e eu somente o ramo,
E por tudo na vida sempre a amo.
Para minha flor serena, Eliane, que amo em além do que eu entendo por amor.