NÃO HÁ COMO VOLTAR

Naquele dia de verão você partiu

Porta a fora, mochila nas costas e o sangue frio

Sem pesar, pensamento ou gesto infantil

Gesto tão nosso, mas hoje gesto tão vil

Debrucei-me em prantos no meu travesseiro

No nosso aconchego, no leito daquele amor traiçoeiro

Recordando os tempos de sentimentos e abraços verdadeiros

Com ternura, respeito e zelo

Mas os seus vícios, as suas mentiras e seus pretextos

Tão fáceis de serem percebidos no gozo dos seus beijos

Quando me chama por nomes que mal conheço

E atira em meu corpo o seu corpo que hoje desconheço

A partida não é tão ruim quando se tem sofrimento

Principalmente quando se tem o olhar de desprezo

Quando o tom da voz não é mais o mesmo

E o abraço têm espinhos que ferem sem arrependimento

Meu hoje é reflexo do ontem que você me presenteou

São marcas de dias passados em que você muito errou

E agora já “mudado” insiste em me reconquistar

Mas sinto, amor. Não há como voltar

Natalia B Chagas
Enviado por Natalia B Chagas em 02/05/2016
Código do texto: T5623497
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