Não Sumirei
É vivendo que se aprende
A aceitar o que remete
À alegria consciente
Do corpo que me aquece.
Vindo de tanta loucura
Do terror e casca dura
Deste mundo marginal.
Seja fogo, gelo, barata ou altura
Eu desbravo sem igual.
Pois, é conhecendo as aventuras
O pavor, carência pura
Daquilo que está por vir,
Que me entrego ao embaraço
Trêmula, com o pé descalço,
E te deixo conduzir.
O corpo,
A carne,
O espírito,
A razão.
Que mediante a tanta liberdade,
Te entrego também o coração.