Amor desbotado

O amor desbota na fotografia.

Nas paredes, flutuam dúvidas.

Estrelas e nuvens

movem saudades.

Velhas senhoras rezam...

A noite fecha as janelas.

Espero a chuva. Não adormeço.

Palavras descrevem as horas

marcadas nos teus abraços...

Numa orquestra de pensamentos,

a alma em prantos, passa entre

as cortinas e morre antes de ler

os evangelhos.

Lenços de linho secam no abismo.

No ar, uma canção desperta-me.

Sou a realidade do não ser.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 26/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
Código do texto: T5647632
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