Machado de Assis.
- Tarcisio Bruno –
Se o teu sorriso é a máscara da tristeza.
Como conseguirias demonstrar amor?
Se a alma é triste com a face em leveza.
A lágrima feliz seria então o disfarce da dor?
Tu dizes que lágrimas não são argumentos.
E afirmas que os silêncios se declaram.
Mas se as águas demonstram lamentos.
Não seriam palavras que perpassam?
Adoras os olhos que sorriem.
E os gestos que se desculpam.
Se chorando as almas sobrevivem.
Quando sorriem elas se matam?
O que escaparia ao naufrágio das ilusões,
quando os toques não aprenderam a conversar?
Seria o verbo mudo que cala os corações,
ou a química do tempo invisível a acalentar?
Mas se dizes que o silêncio não tem fisionomia,
e que as palavras apresentam distintas faces.
Então ficas cego mesmo se sorria,
apresentando a visão da dor, mesmo em disfarce?
Como Simão Bacamarte somos todos loucos e alienistas?
E a Casa Verde é tua tristeza de universo?
A minha Itaguaí é restrita.
Para fazer da dor uma alegria em verso.
- Tarcisio Bruno –
Se o teu sorriso é a máscara da tristeza.
Como conseguirias demonstrar amor?
Se a alma é triste com a face em leveza.
A lágrima feliz seria então o disfarce da dor?
Tu dizes que lágrimas não são argumentos.
E afirmas que os silêncios se declaram.
Mas se as águas demonstram lamentos.
Não seriam palavras que perpassam?
Adoras os olhos que sorriem.
E os gestos que se desculpam.
Se chorando as almas sobrevivem.
Quando sorriem elas se matam?
O que escaparia ao naufrágio das ilusões,
quando os toques não aprenderam a conversar?
Seria o verbo mudo que cala os corações,
ou a química do tempo invisível a acalentar?
Mas se dizes que o silêncio não tem fisionomia,
e que as palavras apresentam distintas faces.
Então ficas cego mesmo se sorria,
apresentando a visão da dor, mesmo em disfarce?
Como Simão Bacamarte somos todos loucos e alienistas?
E a Casa Verde é tua tristeza de universo?
A minha Itaguaí é restrita.
Para fazer da dor uma alegria em verso.