Teu

Quero dar-te o pouco que é meu

De bom grado quero dar-te o pão

Saciar tua fome, assear teu chão

Quero dos justos o sono que é teu

Quero a pena que não pese tua sina

Que tua vida não seja morna, ferva

Ou que te gele ao passo que ensina

Mas que seja tua, ainda que minha

Que a mesma pena não pese tua mão

Que o julgar seja justo e que seja firme

Que o propósito ainda que infirme

Não degrade a virtude de tua razão

De todo dissabor, que te reste a doçura

Que o puro alimento brote em teu flanco

Que o verdadeiro amor ressoe teu canto

E na jornada singular se finde a procura

De tudo que quero, nada haverá que te impeça

Ao paço que não poço pedir que se queira

Pois que não queira então o orgulho que meça

As métricas do amor de tua paixão derradeira.

Carlos Roberto Felix Viana

CarlosViana
Enviado por CarlosViana em 28/05/2016
Reeditado em 22/08/2016
Código do texto: T5650165
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