Tarde demais... ou não?

Eu percebo que estou vívido

Quando seus olhos os meus encontram

Rios de lágrimas se precipitam

E o amor se mostra eclodido

Você é minha canção

Que embala meu coração

Que faz bater mais vigoroso

E por ti ficar mais afetuoso

Eu percebo sua fragrância

Aquela que define sua essência

Aquele odor feminino

Que transforma homens em apaixonados meninos

Eu percebo seu toque indescritível

Aquele que provoca arrepios

Causando uma sensação infindável

Capaz de arrancar qualquer sentimento arredio

Eu percebo o paladar de seu lábio

Quando me toca... fico aturdido

E quando pronuncia palavras... é sábio

E quando fica em silêncio... sua beleza admiro

Percebo seu suspiro ao ver-te adormecer

E eu, ao adormecer, em seus sonhos tento permanecer

Mas, a realidade se mostra ao alvorecer

Um amor em risco de perecer

Eu percebo como tratei um amor como negligenciável

Não é ímprobo de corrigir

Mas... o tempo fez esse coração se ferir

Talvez de modo irreparável

O tempo... só ele poderá determinar

Se as novas sementes poderão germinar

Ou o solo ficou tão seco e morto

Que não será capaz de eclodir um broto

Regar...

Esperar...

Renascer...

ou insurgir...

Dizem que a última que morre é a esperança

A minha esperança esta desorientada

Não sabe se expira ou se mantém subsistida

Um dia, quem sabe, sua decisão alcança

Teco Barreto
Enviado por Teco Barreto em 29/05/2016
Código do texto: T5650731
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