Fim do outono

Perdoa-me quimera ressequida

Aos amuos dos ventos, plainar

De ti me perdi nesta sovina vida

Nas trilhas áridas do caminhar

E no choro pela ilusão esquecida

O coração arde no pouco amar

Tal qual folha seca desprendida

Pelo ar... Num voante abandono

Como uma saudade desmedida

Vagindo no beiral do fim do outono

Que desnudo vai-se em despedida.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

2016, junho – cerrado goiano

Canal do YouTube:

https://youtu.be/qOncpXN41C4

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 08/06/2016
Reeditado em 20/03/2024
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