Espelho da Alma

Espelho da Alma

Quantas vezes, meus olhos,

se erguem ao céu, perdidos...

E quantas vezes, velo teu sono

Inquieto rezando, meu amor,

que nos teus sonhos haja

um grão de amor por mim.

E nesse espelhado azul,

revivo todos os momentos

presentes e passados,

tentando um mero vislumbre

no incerto futuro de nós.

Mas sem ti por perto,

a mera sorte não te traz...

Quanto de amor verdadeiro

há em ti, não sei,

mas tento de tudo

para não me perder no eterno.

E meus olhos, muitas vezes,

Vagueiam no céu enublado,

tentando serenar minha alma

e esperam que o vento sussurre

o doce sorriso teu.

Se bátegas de chuva agridem

a minha face petrificada

como seixos partidos do coração,

a tristeza me invade feroz

e arredo-me desse espelho tosco,

para que se não parta de vez;

refugio-me no escuro de mim

surdo ao clamor da tempestade.

Silenciosamente, rogo:

"Não quebres a minha alma

- imploro – ouve esta oração”,

porque sei, leio em teu olhar:

“Me amas tanto como eu a ti!"

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 12/06/2016
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