Náufraga

Esperança; a guardo feito tesouro

Vigiada por nobre cavaleiro templário

Ora, escondida num buraco escuro

Ora, talhada no sino do campanário.

Como nau atracada no ancoradouro

Camuflada ao olhar do cruel corsário

Não quer se ferir_ sente o mau agouro

No tropel do mouro _ homem-sagitário.

Belo é o amor não fosse um vil tirano

Ao possuir numa crueza _ o que venero_

Estrela luzidia no negror dum oceano.

Espelha maresia no olhar _amor sincero_

No abismo profundo explode desumano...

A fonte da juventude _amargo desespero.