POUSO NA MANHÃ

O amor embrião de coisas sonhadas
é um pouso tranqüilo
na manhã branca de sol nascente,
alameda aberta à imaginação
que vagueia nas estepes dos olhos
Transita nas rotas do coração
aos deuses se entrega
que lhe dão sensualidade, fantasias, teorias,
abstrações e filosofias,
feito um arpejo nos jardins do Éden
Ser ou não ser?
Nos confins do mergulho
a trajetória humana não muda
quando acende um vulcão dentro do peito,
troca-se a realidade por lençóis, travesseiros,
luzes que desafiam os limites subjetivos
dos desejos na direção que abarque
corpos em ebulição
Há mais fundo que o fundo uma expressão
voluptuosa, sexo ardendo, em chamas,
que escorre pela vida entre o cio e a ternura
à espera de saciar a gula
O tempo que não tem limites apenas assiste
nossos devaneios num vôo reflexivo
e segue
rompendo algemas e mordaças.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 17/07/2007
Reeditado em 01/10/2008
Código do texto: T568771
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