"Pergaminhos De Um Reinado Em Suicídio II"

Apareça Na Minha Frente, Para Que Eu Possa Enxergar...

Fantasias Ou Fábulas, Criei Maneiras De Me Alegrar...

Coragem Cavalheiro, Traz Consigo a Humildade...

Não Tema Princesa, a Bruxa é Pura Vaidade...

Pergunte Ao Rei Mago a Respeito Da Verdade...

Depois Encontre Na Torre Mais Alta Deste Palácio...

Entenda Que Complico, Pois Me Deixa Desesperado...

Amanhã Haverá Tornei, Combates, Ajude-me a Escolher As Armas

Virá De Longe Um Cavaleiro Negro, Vencendo Irá Levar-te...

Treinei Por Vários Sóis e Luas, Mas Ele é Sanguinário...

Caso Eu Perca, Que Então Eu Seja Enterrado No Seu Lindo Quarto...

Se Vencer o Desafio, Terei Você Para Sempre Ao Meu Lado...

O Sol Nasceu Tão Quente Como Eu Nunca Tinha Visto...

Sinto Um Frio Beijar Minha Alma...

As Trombetas Soaram, Sei Que Chegou a Hora...

Montei Em Meu Cavalo, Que Parecia Traumatizado...

Cavalguei Até a Arena, De Longe Pude Olhar-te...

Mas Vestido Como a Morte, Sem Mostrar a Face...

O Inimigo Me Esperava, Me Espreitava...

Não Trazia Lança Nem Espada, Uma Foice Era a Sua Arma...

Em Seu Escudo; Um Brasão Cranio De Caveira Me Fitava...

O Rei Me Desejou Sorte...

Você Princesa Acenou Com Um Lenço Molhado De Lagrimas...

As Bandeiras Foram Hasteadas e Novamente Trombetas Tocaram...

Iniciou-se a Chacina, Cavalguei Desesperado

Ao Primeiro Golpe Do Inimigo, Tão Rápido, Meu Escudo Foi Quebrado...

Lhe Cravei Minha Espada Até Minhas Mãos,Varias Vezes Aterrorizado...

Pois De Nada Adiantava...

Ouvi Uma Falsa Gargalhada, Vi Um Reflexo No Céu...

E Antes Que Eu Entendesse o Brilho Era Da Foice Que Me Dilacerava...

Rolou Solta Minha Cabeça Mutilada, Até Perto Do Trono Aos Seus Pés...

Ainda Tentei Olhar-te, Mas Com o Lenço Escondeu a Face...

Novamente a Gargalhada, O Rei Gritava o Próximo...

E Quando o Cavaleiro Negro Retirou a Máscara...

Não Acreditei Quando Olhei, Era Você a Morte Rápida...

Então Chutaram-me e Rolei Até Um Canto Sem Poder Fazer Nada...

Quis Até Ver o Próximo Combate, Mas Meus Olhos Se Fecharam...

Senti Que Em Minha Mente Algo Mastigava...

A Lembrança Do Lenço, a Morte e Sua Face Desmascarada...

Ton

Tonpoesia
Enviado por Tonpoesia em 19/07/2016
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