Esse seu olhar

É a voz dos teus olhos, tocando no início do dia,

A enumerar um soneto, que fizeste poesia.

Quem pode ouvir a voz dos teus olhos, conseguirá entender,

O que com eles expressas, com tanta sinceridade.

Lembro-me da primeira vez, que por um instante pude interpretar,

A linguagem do teu olhar, pude descobrir e decifrar,

Foi de manhã, quando, sem pensar, podias te esconder,

Desarmada na tua fortaleza, te encontrei ao despertar.

Mais desarmado fiquei eu, por andar em jejum de ternura,

Na busca perseverante, encontrei complacência alguma.

E naquela cena, fascinado por tão sublime expressão,

É energia divina, órfão de angústia e sofrimento,

Que despertou em meu ser, o mais profundo sentimento,

É um feitiço consciente, do qual não há arrependimento,

Porque nutrido dessa essência, é como só continuarei a viver.

Olha fundo! Mais fundo ainda! Não me deixes exíguo de seu olhar,

Não quer ser livre de tal acontecimento, o meu coração apaixonado,

Não me prives do que peço-te, porque me sinto desabitado,

E se me permites, não estarei incompleto se me sentir amado.

É que os teus olhos me dizem, o que não se atrevem os teus lábios,

É a prova irrefutável, que eu tanto esperei,

É a frase mais linda, que com seu olhar já manifestado,

Namorar nos teus braços, para jurar, que serei sempre o teu amado.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 21/07/2016
Reeditado em 21/07/2016
Código do texto: T5704284
Classificação de conteúdo: seguro