Sóbrios

Ahh, o amor não existe para os sóbrios...

É preciso estar estar embriagado do desejo de estar

Romper o tempo entre o pensamento e o tocar.

O amor existem para os desavisados,

para os desabrigados de coração,

Para quem se põe a ladrar pela noite,

nos becos escuros da vida e do sentir.

Ah, hoje o amor voltou a morar aqui,

não por ausência ou permanência

mas por ter gravado com dor e sinceridade a minha pele.

Pele essa que se arrepia ao lembrar da tua,

Do corpo que estremece ao sentir teu cheiro

Ao revisitar imagens tuas a passear pela casa.

Hoje volto a chamar-te por amor

pois a dor da dúvida não mais me cabe.

Mas vivê-lo, assim tão embriagados nos assusta,

de fomas diferentes.

Mas aceito a partida, aceito meu chorar

e sobretudo à sobriedade das palavras que ganharam ouvidos.

Hoje meu o amor perdeu pessoas, mas ganhou nome e existência.

Nandi Ferreira
Enviado por Nandi Ferreira em 11/08/2016
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