Divórcio
traga as porcelanas de volta...
os lenços ciganos e as flores
das nossas lembranças.
devolva abraços
e tatuagens.
Abra as garrafas de vinho.
Derrame nas minhas taças
e nos sapatos bordados.
Não devolva os poemas
escritos na tua ausência.
quero respostas úmidas,
gravadas nas toalhas.
sentirei a leveza das coisas
e o silêncio dos motores.
Deixarei os faróis acesos
nas cinzas do tempo e na
dureza do asfalto.