O vento do amor

Tremeram os campos das rosas solitárias

Tirintaram as matas das árvores caladas

Pois o vento do amor inabalável

Crusou os ares na elagância imprevista.

Os mares da vaidade não mais se enchem

E os lares da crueldade inflamada

Queimaram com o fogo da ignorância

Pois o vento viril voltou a minha vida.

O vento que soprava do norte

Agora sopra de todos os lados

Pois é o vento do amor irredutível

O único sentimento digno de honra

Uníca e louvável pedra no caminho da morte.

O leão da dor rugiu noites em claro

E as folhas guerreiras da depressão

Curadas,

Aplaudem o vento sublime que crusou o céu.