Duo, Uno

Como você acha que se sente o poeta que fica sem palavras?

Sou eu, com o meu vocabulário escasso ante ao teu sorriso.

Frente a frente com o que eu não sei dizer, só sentir e sentindo...

Sentido eu fico pelo tempo de hiato amoroso recente.

Às vezes um sentimento de revolta mastigada, fluída e gelada.

E isso eu controlo com a minha fé, o meu amor e devoção.

A distância provou-se mais forte e subjugou o tempo da espera

Com a certeza do companheirismo e cumplicidade, com tudo isso.

Já deveríamos saber que amor não se resolve a golpes de infortúnio

Sabemos da vida muito pouco, o pouco que nos foi dado para começar.

Sabemos que se erra, que se acerta e às vezes se vive simplesmente.

São todos os dias que temos, são todos eles.

São todos os dias uma chance, uma chance de cada vez.

Um sol novo, uma manhã fria, uma dor imprevista.

Com a certeza do que temos e que nos une, nosso tempo

Ninguém mais pensou assim sobre mim, nem sobre você.

Na tentativa vã da outra parte da vida, sem nenhum sentido.

Muito poucos podem dizer o que se passa no meu coração agora.

Na verdade, apenas eu e você, por sermos um só.

Natal
Enviado por Natal em 23/07/2007
Código do texto: T576395
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