Quando um dia eu te amei...

Olhando a nossa Hortênsia...

Que um dia plantamos...

E pensando neste destino

Num desafio azul às margens de caminhos românticos

Entre versos garridos de um meigo olhar...

Vem-me à lembrança dias tão doces em que te amei...

Neste lindo lugar!

Perdi-me de ti pelos caminhos da vida...

De repente ficou num passado a nossa doce história

A lareira onde tantas vezes nos aquecemos do frio

Hoje uma chaminé apagada...

Na minha alma... Apenas um vento frio...

A dor da voz imensa

No eco das palavras... Que nunca mais foram ditas...

Nunca mais plantei esperanças...

Ah! Quantos anos solitários... Apenas recordando...

Há no meu peito um surdo grito...

Na esperança que me queiras para além dos sonhos!

E a nossa Hortênsia que morre com saudades de teus olhos!