SERENAMENTE
Em que parte de mim
ainda te escondes?
No meu olhar,
nas palavras,
no meu silêncio.
Sinto falta de um beijo,
aquele mais quente e selvagem,
de me atirar no chão
vencida.
Sinto a falta das tardes,
aquelas em que falávamos
coisa com coisa,
sem nexo.
Nem sexo
nos unia mais
que as doces tolices
que dizíamos.
Por isso dói
não te ter aqui.
Mas vou sorrindo
serenamente
pelos dias bons
que vivemos ao sol.