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Seus cabelos levemente ruivos

Seus olhos castanhos cor de mel

E seu sorriso que sempre me intrigou

O que fiz comigo?

Como fui me destruir a esse ponto?

Esse é um assunto para poucos

Ao ouvir essa bela canção sobre o fim de setembro

Eu me vejo meio perdido no tempo

Você é como uma tempestade

E sempre foi

E eu deveria ter ouvido minha conselheira que me revelou

Tudo aquilo que era bom

Enganei-me talvez nos braços de tantas

Que nem sei ao certo como foi

Senti-me hipócrita

Um idiota por completo

Mas estou crescendo diante dos meus atos

Será que sou um cara chato?

Mas eu deito no chão e olho para o céu

E as estrelas são como vocês duas

Dançando na minha cabeça

As mais belas da terra

E que minha mente não entende

Aquela pele morena e pálida

Que deixa meu sangue ardente e pulsante

Meus batimentos caem assim

Elas são raios em meu peito

Colocando-me contra a parede

Mas amo você como sempre

E sabes como é

Meu Deus que me faz destruir-me

Mas ela já não liga

Odeia-me e me esnoba

Como uma agulha perfurada com raiva

Mas ela cuida de mim como um anjo

Como uma alma perfeita como sempre

São tantas canções que já escrevi

Que ao ficar sóbrio eu perco a mim

Não sei o que faço

Se uma bala atravessada a minha nuca resolve

Ou um leve doce que para meu batimento cardíaco

Ajude-me a sair dessa guinada

Quero apenas amar

Para ser alguém melhor

Para mim e ti

Ela é como um raio que me faz delirar

Nenhum cigarro consegue me parar

De pensar

São duas paralelas da minha vertente

Ela dá voltas e voltas pelo meu pescoço

E eu simplesmente perco qualquer movimento

Perdão as que fiz mal

Mas meu coração sempre pertenceu à morte

E a alguém só pertencerá uma parte

Pois estou contra qualquer parede

Que faça dela meu raio penetrante

Mesmo sem razões emitentes

Eu jazo aqui como uma alma ardente

Feita de fogo e ossos podres

Mate-me antes que seja tarde

Mas como sempre a amei

Enganei-me por experiências vazias da vida

Ela ainda é um raio amado

A estrela mais brilhante no céu

Mas achei não ver por causa das nuvens escuras

Que eram vastas de nada

Ela ainda é meu raio

Que faz bater o controle no meu peito

Ela é e sempre foi e será

Algo maior do que nada

Algo maior do que qualquer estrada

Algo maior do que minha vida habitada

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 17/10/2016
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5794433
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