Amour

O amor que não consigo possuir é o amor que eu desejo!

Eis um predestinado azar que me acolhe os desgostos!

Enquanto vivo, nada remonta um particular ensejo!

E na fortuna do coração resiste, o desespero exposto...

Olho para seus lábios sedentos, cor de vinho tinto...

Até a mente exagera por te insinuar perfeita!

Porém, desconcertado eu sou, por meu prazer extinto

O quanto eu choro por nossa aliança ter sido desfeita...

E a voz divina pronunciou o seu nome na ventania...

Meigos carinhos os seus, fazem os homens a disputar!

Delicados olhares os seus, que tanto desejo conquistar!

E o que somei? Apenas pueris vontades vazias!

Eis o temor que subtrai de mim a magia, o poder!

Como seu amor, que tanto sonhei, mas jamais pude ter...