Cigania
Moça bela, airosa, flor do campo
Deixa-me ficar em doce cigania
Nos florais da mata, eu acampo
Sorvo a beleza da azulada serrania
Só admirar tua beleza me estarrece
Já basta, tal ato minh’alma aprecia
E dolente, promove fervorosa prece
À ermida da colina em toda louçania
Minha tenda mira bem o horizonte
Donde o sol irrompe bem flamejante
Até esconder-se atrás de um monte
Já em seu decurso final, agonizante
Moça te imploro tão pouco, um nada
Apenas servir-te-ei de fiel sentinela
E tu, moça, tal e qual verdadeira fada
Hás de me sorrir estrelas tantas à janela