Cigania

Moça bela, airosa, flor do campo

Deixa-me ficar em doce cigania

Nos florais da mata, eu acampo

Sorvo a beleza da azulada serrania

Só admirar tua beleza me estarrece

Já basta, tal ato minh’alma aprecia

E dolente, promove fervorosa prece

À ermida da colina em toda louçania

Minha tenda mira bem o horizonte

Donde o sol irrompe bem flamejante

Até esconder-se atrás de um monte

Já em seu decurso final, agonizante

Moça te imploro tão pouco, um nada

Apenas servir-te-ei de fiel sentinela

E tu, moça, tal e qual verdadeira fada

Hás de me sorrir estrelas tantas à janela

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 19/11/2016
Código do texto: T5828446
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