SILHUETAS DE TI

No meu silêncio transfigurado,

Assim como um navio

Que passa pela noite,

Fora do alcance da voz,

Sou teu escudo invisível

E em noites taciturnas,

Entre sândalos de bem-me-quer,

Faço silhuetas de ti

Visualizando tua imagem

E teus segredos de mulher.

Os meus olhos lacrimejam

E as lágrimas escorrem em pétalas

Na quietude que me afaga a alma

Como se fosse a última página

Que escrevo no livro da memória

Odes de amor perfeito,

Mas só me restam os versos que fiz

Buscando teus olhos inquietos

No meu viver carmesim.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 10/12/2016
Reeditado em 10/12/2016
Código do texto: T5849194
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