Meu olhar já não pranteia
Meu olhar já não pranteia
O amor que n’alma falta
Pois n’alma a paixão o fogo ateia
Que pela pele arde, pelos olhos salta
E a Lua que o céu prateia
É a confidente a quem incauta
Sussurro o segredo que incendeia
Meu coração até noite alta
E noite adentro o céu contemplo
Dos olhos jorram lágrimas de saudade
Tão tristes! Da solidão torno-me templo
Oh, Cupido! De mim tem piedade
Pois quase me afogo no profundo e amplo
Mar das minhas lágrimas de saudade