Poema (Quase lento)
Tocamos adagio ao vento.
Sigo as horas, misturo
as cores em movimento.
o som dos teus beijos
emudece nos lábios
e nas lâminas dos
cataventos.
Sopro a poeira nas alturas.
Veem meus olhos a chuva,
nas terras de ninguém.
Morrem na boca as rimas pobres.
amores descem ladeiras além.
nas esquinas, quebram telhas;
Queimam flores de plástico.
Há fumaça no trem.