BRISA
Você foi a intermitente brisa
Que espalhou a fria cinza
Que sufocava a pequena e tênue brasa
Que teimava em não se apagar,
Que jazia, quase extinta,
Sob os entulhos da fria cinza.
Como mão aveludada,
A brisa acariciava a pequena brasa
Que, devagar, sutilmente e resoluta,
Foi reascendendo, reascendendo...
Até tornar-se forte, majestosa,
A ponto de fazer renascer o fogo do meu Ser
Que, até então, resignado, aguardava
A hora de se extinguir,
Sufocado pelas cinzas da vida!
Ó brisa, ó brasa,...ó fogo!!!