Súbita ventania

Como me pede para apagar o mar,

se nele estás a brilhar.

Choro enxurradas.

Precisei secar os olhos sobre

a luz do sol.

Deveria acompanhar os versos

que um poeta faz.

Eles sofrem de amor, oscilam.

Não tocam, mas chegam em ti.

Desfazem-se e com facilidade revivescem.

O fim de mais um dia descaía.

E tudo o que havia de você em mim,

se entremeavam desgovernados.

E tudo o que havia de mim em você,

esvoaçavam junto as rajadas de vento.

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 20/01/2017
Código do texto: T5887908
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