Catavento

Tu, sutileza,

Te chocas em meu corpo que dança solto, livre...

Te espantas

Mas sou catavento a esfatiar palavras

E lançá-las ao vento onde tu adormeces

E sonha

E com as palavras agora esvoaçantes

Catavento vai girando, formando raios de sol num dia quase sagrado a velar teu sono

E quando acordas vê os montes pela janela,

São os mesmos de antes.

O vento passou,

Catavento lentamente parou,

Palavras renascem inteiras de tua boca

E um beijo nasce, parecendo saltar do ventre que acende quente

E tu entende que sem vento

Não há de haver movimento, dança, ou o giro do catavento.

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 04/02/2017
Reeditado em 04/02/2017
Código do texto: T5902813
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