Embriaguez

Percorri de norte a sul

Teu corpo embriagado

Descobrindo doces percursos

Que havia imaginado

Regados por néctares de deuses

Bebemos nossos movimentos

Que se foram transformando

Em tantos outros momentos

Explorando-se em silêncio

Os corpos falaram sozinhos

Devorando-se na penumbra

Por entre perfumes de vinhos

Exaltados pela paixão

Amaram-se até mais não poder

Envolvendo cada sentido

Num permanente querer

E até tarde assim ficaram

Desmaiando entrelaçados

Respirando de novo a vida

Para serem de novo amados