A MORTE DO POETA APAIXONADO

A moça bela, cheia de delicadeza,

Ela uma Cinderela com a sua gentileza.

E o rapaz carente, logo se apaixonou,

Ele todo elegante, o seu amor a ela dedicou

Uma moça de um falar elegante, e de um sorriso cativante

Um rapaz todo galante, se sentia radiante.

Apaixonado vacilava, enquanto seu amor transbordava

Diante da moça se calava, nada dizia, nada falava.

A moça inteligente, bonita e charmosa

O rapaz negligente era de pouca prosa

Diante da moça ele se abestalhava, ria e chorava

A conversa não se espalhava, o moço não se animava.

A moça era só alegria, e o rapaz nada fazia

A única coisa que ele sabia era escrever poesia

Mas a moça não lia, o que o rapaz escrevia

Nada progredia, o rapaz sentia.

A moça se rebolava quando diante do rapaz passava

Ele nem um gracejo soltava, enquanto a moça desfilava

O rapaz continuou a escrever, esperando um dia a moça ler

Ele somente a sofrer, e ela nunca emitiu nem um parecer.

A moça uma intelectual, o rapaz um poeta romântico

Por ela cativava um amor leal, um cavaleiro autêntico

Nas suas poesias todo o seu amor, onde ele escrevia com fervor

Era pouca alegria e muita dor, em palavras com muito valor.

A moça era uma princesa, ele um plebeu

Desprovido de riqueza, de solidão o poeta morreu

Escreveu até o fim da vida, rimando e sonhando com a amada

Morreu na duvida, sem saber se suas poesias pela amada foram lidas

Ricarlosmelo
Enviado por Ricarlosmelo em 28/02/2017
Reeditado em 28/02/2017
Código do texto: T5926639
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