A MORTE DO POETA APAIXONADO
A moça bela, cheia de delicadeza,
Ela uma Cinderela com a sua gentileza.
E o rapaz carente, logo se apaixonou,
Ele todo elegante, o seu amor a ela dedicou
Uma moça de um falar elegante, e de um sorriso cativante
Um rapaz todo galante, se sentia radiante.
Apaixonado vacilava, enquanto seu amor transbordava
Diante da moça se calava, nada dizia, nada falava.
A moça inteligente, bonita e charmosa
O rapaz negligente era de pouca prosa
Diante da moça ele se abestalhava, ria e chorava
A conversa não se espalhava, o moço não se animava.
A moça era só alegria, e o rapaz nada fazia
A única coisa que ele sabia era escrever poesia
Mas a moça não lia, o que o rapaz escrevia
Nada progredia, o rapaz sentia.
A moça se rebolava quando diante do rapaz passava
Ele nem um gracejo soltava, enquanto a moça desfilava
O rapaz continuou a escrever, esperando um dia a moça ler
Ele somente a sofrer, e ela nunca emitiu nem um parecer.
A moça uma intelectual, o rapaz um poeta romântico
Por ela cativava um amor leal, um cavaleiro autêntico
Nas suas poesias todo o seu amor, onde ele escrevia com fervor
Era pouca alegria e muita dor, em palavras com muito valor.
A moça era uma princesa, ele um plebeu
Desprovido de riqueza, de solidão o poeta morreu
Escreveu até o fim da vida, rimando e sonhando com a amada
Morreu na duvida, sem saber se suas poesias pela amada foram lidas